quinta-feira, 26 de maio de 2011

Innamoratevi!

"Su su.. svelti, veloci, piano, con calma...
Poi non v'affrettate, non scrivete subito poesie d'amore, che sono le più difficili, aspettate almeno almeno un'ottantina d'anni.
Scrivetele su un altro argomento... che ne so... sul mare, il vento, un termosifone, un tram in ritardo... che non esiste una cosa più poetica di un'altra!
Avete capito?
La poesia non è fuori, è dentro... Cos'è la poesia, non chiedermelo più, guardati nello specchio, la poesia sei tu...
..e vestitele bene le poesie, cercate bene le parole... dovete sceglierle!
A volte ci vogliono otto mesi per trovare una parola!
Sceglietele...che la bellezza è cominciata quando qualcuno ha cominciato a scegliere.
Da Adamo ed Eva... lo sapete Eva quanto c'ha messo prima di scegliere la foglia di fico giusta!!!
"Come mi sta questa, come mi sta questa, come mi sta questa.." ha spogliato tutti i fichi del paradiso terrestre!
Innamoratevi, se non vi innamorate è tutto morto... morto!
Vi dovete innamorare e tutto diventa vivo, si muove tutto... dilapidate la gioia, sperperate l'allegria e siate tristi e taciturni con esuberanza!
Fate soffiare in faccia alla gente la FELICITÀ! E come si fa? ...fammi vedere gli appunti che mi sono scordato... questo è quello che dovete fare...
non sono riuscito a leggerli!
Per trasmettere la felicità, bisogna essere FELICI e per trasmettere il dolore, bisogna essere FELICI.
Siate FELICI!!!
Dovete patire, stare male, soffrire.. non abbiate paura di soffrire, tutto il mondo soffre!
E se non avete i mezzi non vi preoccupate... tanto per fare poesie una sola cosa è necessaria... tutto.
Avete capito?
E non cercate la novità... la novità è la cosa più vecchia che ci sia...
E se il verso non vi viene, da questa posizione, né da questa, ne da così, buttatevi in terra! Mettetevi così!
Ecco... ohooo... è da distesi che si vede il cielo...
guarda che bellezza...perché non mi ci sono messo prima...
I poeti non guardano, vedono.
Fatevi obbedire dalle parole... Se la parola 'muro' non vi da retta, non usatela più...per otto anni, così impara! Che è questo, bhooo non lo so!
Questa è la bellezza, come quei versi là che voglio che rimangano scritti li per sempre...
forza, cancellate tutto che dobbiamo cominciare!
La lezione è finita."

sábado, 14 de maio de 2011

... l'inatteso...

 
È necessario correre dei rischi ... 
riusciamo a comprendere il miracolo della vita solo quando 
lasciamo che l'inatteso accada.

terça-feira, 12 de abril de 2011

começar o dia com poesia

descobri que é um exercício muito bom começar o dia com poesia. bom, a mim faz-me efeito plo menos. é mais um daqueles gestos que, executado no tempo certo, um dos primeiros da manhã, tem os seus efeitos. como beber a bica.

"[41]
O Destino não é, pois, uma decisão unívoca
de um tribunal que só sabe desenhar linhas rectas.
É um somatório estranho
- do peso das circunstâncias que se sucedem
sobre a cabeça de um homem -,
somatório registado num relógio paralelo
ao do tempo,
relógio que poderemos chamar de qualitativo.

[42]
E por favor, Bloom, toma atenção a este pormenor:
não enchas a casa de móveis e de outros objectos,
por favor, guarda espaço para a beleza,
para que a beleza caiba: uma fenda à direita de quem entra, por exemplo.
Que as coisas belas sejam o teu posto de vigia;
pois o mundo, como qualquer outra coisa,
apenas se torna belo quando pela beleza é olhado."

 Uma viagem à Índia, 
 

Obrigado Gonçalo Tavares  :)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dói mas cura

Há coisas que doem.
O irudoide (não sei se é assim que se escreve mas pouco importa) também doía, quando a minha mãe punha nas feridas, depois dos bonitos e (claro!) elegantes tralhos megalomanos que "amandava" ao chão, porque não sabia estar quieta (e tmabém nunca me  mandaram que não me mexesse) e o meu paizinho sempre me ensinou que quando caimos, nos levantamos e toca a andar, que é cair que se aprendem as leis que regem o equilibrio.
Doía, mas curava.
Pois é... quando faz ferida, a seguir põe-se remédio. Depois arde. Depois cura.
E estamos prontos para outra. Mas não para a mesma.
As quedas ensinam a aprender a caminhar... e as marcas vão lembrando as lições que não devemos esquecer.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A beleza do "Ser" "Humano"

Há pessoas e pessoas. Há pessoas que passam pela terra de forma ligeira... mas há outras, que conseguem deixar uma marca profunda e indizível.
Essas pessoas são muito importantes na minha própria existência. São pessoas que me inspiram. São pessoas cuja alma vive. São pessoas com raízes profundas, galhos que se estendem pelo céu, como na história do feijão mágico. São pessoas completas na sua incompletude. São pessoas que vivem a vida com um sentido, numa procura constante, mas cheia de esperança, cheia de amor, cheia de paciência, cheia de persistência, cheia de honestidade, cheias de uma imensidão que lhes ultrapassa a alma. São pessoas sempre de copo cheio, mas um em que se não encontra o fundo e deixam assim de ser copos para passarem a ser fontes. São pessoas em constante processo de superação, de sofrimento e de alegria, de tristeza e de persistência, de dor e de perdão, de mudança e de consistência. Não são simplesmente pessoas, são a concretização do que é Ser Humano em toda a sua beleza e grandeza. São belas, profundamente belas estas pessoas.

obrigado :)



sábado, 19 de março de 2011

eu não sei quem te perdeu...

 
Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
«Não partas nunca mais»

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

domingo, 13 de março de 2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

tempo

o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. e o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

sexta-feira, 4 de março de 2011

saber ver

As pessoas são muito fáceis. Vão à primeira em tudo o que lhes enfiam e mesmo as que se consideram "letradas" e "cultas" e "conhecedoras" na hora da verdade não provam ser melhores do que qualquer outro com menos conhecimento "académico".
Acho incrível como ainda hoje se vai atrás do que as pessoas dizem e não do que elas fazem e do fruto das suas acções.
Eu tento. Eu tento com muita força não me espantar. Dou-o como dado adquirido. Prefiro ficar feliz com as excepções que confirmam a regra. Isso sim é uma boa sensação.
Chama-se o dom do discernimento. Como dizia Saint Exupéry, só se vê bem com o coração. Ora, se só se vê bem com o coração, é porque não se vê lá muito bem com a mente. Aposto que estavam à espera que falasse dos olhos. Os olhos pouco interessam, o que interessa é o que a mente faz da informação que os olhos lhe passam. Existe um outro tipo de conhecimento que tem acesso à Verdade. Era bom que as pessoas aprendessem a ver.
Sugiro que lavem a alma para ver se conseguem tirar as escamas dos olhos.

depois não se queixem...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

humpf.

tou com um tiq no olho há 4 dias.
o meu corpo acusa-me o que eu não gosto de acusar a mim mesma... mas que chatice :/
um dia destes temos uma conversa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

amanhã, dia 7 de maio de 2010...

Amanhã, dia 7 de maio (uma sexta-feira) será o 127º dia de 2010, acontecerá a seguinte comemoração:
  • 2º Dia do "Festival de Hidirellez" ou "Hidirellez" [Xidir Ilyas ou Xidir N?bi na língua azeri] (comemorado durante 5 dias na Turquia, e por turcos do mundo inteiro, para celebrar a reunião dos profetas Hizir [Al-Khidr] e Ilyas [Elias] na Terra, comemorado a partir da madrugada de 5 para 6...

giro.

aprender

comecei por achar que algumas pessoas só aprendem a mal.
depois descobri que a maioria delas só aprende a mal.
depois constatei ainda que essa tal grande maioria não aprende é que nem a bem nem a mal.
hoje em dia considero que quando encontrar alguém que aprenda mais a bem que a mal, essa pessoa acabou de me provar a excepção que confirma a regra.
no fim, toda a aprendizagem se resume a um exercício da vontade (ou, maioritariamente, da falta dela).

thinging.

o exercício da vontade revela-se melhor quando age contra um espírito contrariado.
como é simultaneamente duro e elevado ter a razão.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ai

prometo que em breve haverá renovação. afinal, chegou a primavera. é que a criatividade só me chegou agora (tal como aprendi com o meu compadre Baco) com o ócio.

cpt*

segunda-feira, 20 de abril de 2009

entre caminhadas e peregrinações

Ir com a Senhora Fátima a pé 150km até à Cova da Iria não é uma experiência que se preste a descrições. Para além da fronteira do desafio físico e psicológico inegável, tudo o resto são variáveis e boas surpresas. Como alguém que todos sabemos quem, disse na reunião de preparação para a peregrinação, varia tudo e mais alguma coisa: nós de ano para ano, a nossa saúde, o tempo, o nosso estado de espírito, as nossas motivações, as dores, por aí fora. Há coisas boas que às vezes se mantém… as enfermeiras, os massagistas, as cozinheiras… A variável contudo, mais interessante, é que nunca sabemos o que Ele tem planeado. A boa notícia é que, seja o que for, é bom e para o nosso bem maior. Fazer uma peregrinação é como tudo o resto que se faz com Deus: trabalho de equipa. Numa peregrinação a nossa parte é principalmente ir andando – literalmente. Depois há outras coisas, claro, que podemos fazer. (mas isso é fruta para outra salada). Tudo o resto é com Ele. Por isso o vou tratando por Patrão. Anda nos seus afazeres, que não nos diz quais são - porque está claro que, patrão que é patrão, não tem que dar justificações -, só nos pede que façamos a nossa parte mediante as nossas capacidades; é Ele quem faz funcionar os nossos esforços e no fim garante que a empresa funcione, cresça e se exceda. Nós no bolo pomos a motivação, o trabalho e a disponibilidade. Simples, não é? É assim que duma peregrinação podem sair maravilhas. É que, como sabem, nas boas empresas que funcionam bem, como a deste Patrão, quando alguém faz um grande esforço, assim um trabalho de mérito especial, então isso perece um prémio… ah pois é! Pensam que os créditos ficam por mãos alheias? Nem pensar! E não fica por aqui. É que ainda há a Mulher do Patrão, aquela que chamam de Senhora. Gosta tanto de nós que nos apoia a viagem toda, nos recebe à chegada e nos mima imenso. Às vezes até nos carrega ao colo, ou pede a alguém que nos vá lá dar uma mãozinha -, e às vezes mesmo duas -, quando o caso fica preto. Até há privilegiados que foram vistos a andar discretamente uns centímetros acima do solo… [LoL] É que esta Senhora tem muito poder junto do Patrão. Ele faz-lhe as vontades todas e Ela, como gosta que a gente lá vá ter a visitá-La, não nos falta nada. Ou mesmo que falte, Ela depois compensa.

Percebem agora porque é que peregrinar não é o mesmo que fazer caminhadas? É que são organizações diferentes – este Patrão de que vos falo, só se mete nas peregrinações…

Depois há ainda outra coisa. É que Ele sabe o valor do sofrimento, porque Ele sofreu muito e antes de nós, por isso dá muito valor. Este é um tema difícil, que isto de sofrer ninguém gosta, nem o Patrão. Bom, sofrer por sofrer não tem sentido – sentido tem a capacidade de sofrer com Amor em prol de outrem. Pois então se eu for capaz de dizer: isto até me custa fazer, mas por Ti fá-lo-ei sem olhar para trás; se me esqueço de mim para benefício de outros; se consigo oferecer algo que para mim tem valor de sofrimento – então isso não tem muito valor? Já o Fernando dizia, “que tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Pois tem valor, claro que tem. É redentor. É fermento na massa. Aumenta os volts à luz da alma e faz-nos ver mais longe. Faz o coração crescer. Quando era pequena a minha mãe dizia para eu comer os corações que fazia bem, e eu, como provavelmente muitas crianças, achava o máximo engolir corações, acreditando que o meu ficava maior. Entretanto percebi que isso é possível, mas não é a comer corações no prato ao almoço. Hoje em dia vou com a Senhora a pé nas peregrinações do Patrão.

domingo, 12 de abril de 2009

entre a vida e as fotosz

O que eu gosto na fotografia é o tem de semelhante com a vida e a capacidade que tem de a revelar (intralmente, neste caso). Qualquer um percebe que o que faz uma boa fotografia não é necessariamente o objecto em si mesmo, mas a forma como se olha para ele. Tomando a mesma realidade, podemos ter algo de muito belo, ou de completamente vulgar. É como a nossa vidinha... dependendo de como olhamos para o que temos, podemos possuir a Beleza,ou viver na escuridão. São uma escolha e uma decisão como quaisquer outras. E quem disser o contrário mente. É assim. Mai nada.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ele anda aí...

Deus não é história. Deus não passou à história. É Deus connosco quem escreve a história.
Deus não está num sítio longe e inacessível como nos parece o céu, imune e inerte a tudo o que se passa cá em baixo na terra. Deus não é coisa de comicbooks. Deus não são histórias elevadas dum livro importante a que chamamos Bíblia. Regras? Mas quais regras? Eu cá gosto do Santo Agostinho, aquele que disse ah e tal... Ama e faz o que te der na mioleira. Deus é imprevísível. Cristo foi o mais imprevisível de todos os homens. O Espírito Santo é total e absolutamente imprevisível. "Sopra onde quer...". Deus não morreu nas páginas de nenhum livro... está vivo, caneco! Ele existe! É palpável, é sensível, é mais real que todos nós juntos. Deus é arrepiante, é entusiasmante, é fogo, é luz, é poder em andamento! Deus importa-se! Deus sente a nossa ausência, a nossa desconfiança, o nosso desdém. E, mais extraordinário que isto tudo, é que está aí p'ró que der e vier. E fica melhor... é omnipotente (eh eh). E agora a cereja no topo do bolo: Ama-nos! (não é extraordinário? é que vejam bem, estamos a falar de Deus!!...) E tudo o que faz ou deixa de fazer é puro Amor; não passa de Amor (bom.. então não há nada a perder...). Conhecer Deus? fácil... coloquem Amor no coração. Falar com Deus? fácil... dirijam-se a Ele com Amor. Amizade com Deus? fácil... amem-No de volta (de resto, é só o que nos pede). Serem eternamente felizes? fácil... nunca, mas nunca em nenhuma circunstância O larguem; confiem sempre, no matter what. Ad Eternum.

sábado, 28 de março de 2009

Elogio ao Amor

Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso - Expresso)"

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão alimesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia aspessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passívelde ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia serdesmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amorcego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, sãouma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nascostas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea porsopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amorfechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor éamor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como nãopode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio,não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não sepercebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor éa nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amorque se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se podeceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

o básico

detesto gente básica. e ser básico não tem nada a ver com ser simples. a característica de ser básico é não ser capaz de atingir determinadas grandezas, funciona-se no "groundlevel". porque a mente humana, por mais inteligente, complexa e ilimitada que seja, quando corta a ligação com o coração, perde o seu alcance de infinito, a que apenas o coração lhe pode dar acesso, porque é nele que se revela Aquele que é o próprio infinito, o verdadeiro Poder, a verdadeira Grandeza - o Amor. daqui decorre que, para ser grande, é necessário que mente e coração, embora dois, sejam um. que a mente sirva o coração, para que este, por sua vez, a eleve a alturas e viagens inimagináveis...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Acerca do hemisfério direito... parte1

"Esvaziar a mente, expulsando todos os pensamentos, e preencher o vazio com um espírito maior do que o nosso é estender a mente a regiões não acessíveis aos processos convencionais de raciocínio".
Edward Hill


"Há algo de extravagante no acto de criar, embora a tarefa seja séria. E é igualmente extravagante escrever a respeito desse acto, pois, se há um processo silencioso, é o processo criativo. Extravagante, sério e silencioso".
Jerome Bruner

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sacudir poeira

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao fim...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos de viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos... Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que acabaram.
Você pode passar muito tempo a perguntar a indagar sobre o porquê... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram a certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será apenas um desgaste imenso. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará... As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir-se embora...
Por isso é importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender.
Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar o seu canal emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o envenenará apenas e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que são sempre adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerre ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torne-se uma pessoa melhor e assegure-se de que sabe bem quem é, antes de conhecer alguém e de esperar que essa pessoa veja quem você é..
E lembre-se:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

domingo, 12 de outubro de 2008

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Souviens-toi ...


Souviens-toi de Jésus Christ
Souviens-toi de Jésus Christ res-sus-ci-té d'en-tre les morts;
Il est notre sa-lut, no-tre gloi-re_é-ter-nelle.
Si nous mourons a-vec lui, a-vec lui nous vi-vrons;
Si nous te-nons ferme, a-vec lui nous ré-gne-rons.
Alleluia, a-le-lu-ia, al-le-lu-ia!

domingo, 28 de setembro de 2008

Taizé...

Encontrei este texto no sitio de alguém que também já o tinha encontrado algures e não sabia quem o havia escrito. Também eu o decidi "post", porque achei que valia muito a pena. Enjoy...

Taizé: duas sílabas muito curtas, quase secas, que se tocam por um instante. Como uma pontuação sonora. Um nome para condensar o essencial, para expressar o indizível. Taizé para estar em silêncio e Taizé para ser falado! Taizé para vir, por milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares, há quase dois terços de século. Taizé para partir, cheios de algo invisível. Taizé para as gerações. Longe de Taizé fica algo de Taizé naqueles que alguma vez lá passaram. Momentos de luz; silêncios dos quais nos pensávamos incapazes; traços de amizades anónimas; olhares que diríamos serem quase demasiado brilhantes para serem humanos; rostos incontáveis, frequentemente jovens; também remorsos por termos tanto e tantas vezes negligenciarmos o sentido da vida. Traços dos outros e de si mesmo. Temos todos algo de Taizé no fundo coração. Temos todos, nos tortuosos registos das nossas memórias, etapas feitas em Taizé, em diferentes datas que se sobrepõem nas recordações. Caminhos sinuosos da bonita Borgonha, luz dourada das colinas no fim do Verão, quando a natureza aspira às chuvas que tardam a chegar, casas de pedra que diríamos estarem aqui desde a eternidade; sinos que, longe de romperem o silêncio, o sublinham enfaticamente. Acolhimento, serviço, cânticos conhecidos e reconhecidos, ícones, a paz colorida da igreja da Reconciliação. Quem passou um dia por Taizé diz sempre que tem que voltar. E quem diz isso e não o faz sabe, sem nunca o esquecer, que Taizé está ali, longe das grandes euforias do tempo, disponível, como se estivesse de serviço aqui na terra. Lanterna perpétua no oceano de uma humanidade agitada e perturbadora. Vigilante na noite das actualidades e das tragédias colectivas ou pessoais. Stress, ambições, disputas, batalhas por isto e por aquilo, obsessões pelo dinheiro e pelo poder, emoções ao acaso, apegos oscilantes, vacuidade das modas e das futilidades da tagarelice mediática: tudo o que acontece longe de Taizé, tudo o que fervilha ruidosamente e faz furor longe desta colina que se tornou sagrada, anula-se aqui. Reconciliação? Sim, mas antes de tudo reconciliação consigo mesmo. Em todo o caso, com essa parte de si que, oportunamente, quando as tempestades ameaçam as vidas, nos diz: basta, agora precisas de um pouco de silêncio! Escuta o que te fala no silêncio. Escuta quem te fala.
Anónimo

sábado, 20 de setembro de 2008

21 bons conselhos. E nunca esqueça que...

UM.
Dê mais às pessoas do que elas esperam, e faça-o com alegria.
DOIS.
Case com alguém com quem você goste de conversar.
À medida em que vocês forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornará tão importante quanto os outros todos.
TRÊS.
Não acredite em tudo o que ouve:
Não gaste tudo o que tem;
Não durma tanto quanto gostaria.
QUATRO.
Quando disser 'eu te amo', seja sincero
CINCO.
Quando disser 'sinto muito' olhe nos olhos da pessoa.
SEIS.
Fique noivo pelo menos durante seis meses antes do casamento.
SETE.
Acredite no amor à primeira vista.
OITO.
Nunca ria dos sonhos dos outros.
Quem não tem sonhos tem muito pouco.
NOVE.
Ame profundamente e com paixão.
Você pode se ferir, mas é o único meio de viver uma vida completa.
DEZ.
Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
ONZE.
Não julgue ninguém pelos seus parentes.
DOZE.
Fale devagar mas pense depressa.
TREZE.
Quando lhe fizerem uma pergunta a que não quer responder, sorria e pergunte; 'Porque deseja saber?'
QUATORZE.
Lembre-se que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.
QUINZE.
Diga 'saúde' quando alguém espirrar.
DEZASSEIS.
Quando você perder, não perca a lição.
DEZASSETE.
Recorde-se dos três 'R':
* Respeito por si mesmo,
* Respeito pelos outros,
* Responsabilidade pelos seus atos.
DEZOITO.
Não deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
DEZANOVE.
Quando notar que cometeu um engano, tome providências imediatas para corrigí-lo.
VINTE.
Sorria quando atender o telefone.
Quem cama vai percebe-lo na sua voz.
VINTE E UM.
Passe algum tempo sozinho e reflita.
E nunca esqueça que existem quatro coisas na vida que não se recuperam :
A pedra - depois de atirada
A palavra - depois de proferida
A ocasião - depois de perdida
O tempo - depois de passado

terça-feira, 8 de julho de 2008

da fé e da dúvida

Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» - disse-lhe Jesus.
E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
Mt 14, 28

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Avverti una felicitá?

Se potessimo sapere che una vita felice è possibile, anche nelle ore di oscurità...
Perché una vita sia bella, non è indispensabile avere capacità eccezionali o grandi possibilità: il dono della propria persona rende felici.
Ciò che rende felice un'esisteza è avanzare verso la semplicità: la semplicità del nostro cuore e quella della nostra vita.
Quando la semplicità è intimamente legata alla bontà del cuore, un essere umano può creare un terreno di speranza attorno a sé.
Per chi avanza da un inizio ad un nuovo inizio, si costruisce una vita felice. Giorno dopo giorno, persino di notte, andremo alla sorgente: nelle sue profondità brilla un'acqua viva.
Ma non è forse anche questo l'anima umana: il palpitare segreto di una felicità?
Fr. Roger

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ser melhor

já houve quem me dissesse, a propósito das relações humanas, que quando as pessoas se estão a conhecer, que hão-de conhecer o seu melhor e o seu pior... E dizem, é mesmo assim. Dá-me bicho carapinteiro esta ideia... À partida, que dizer? É verdade... bem, pois sim... É verdade. É verdade, mas não chega. Não é só. É que este lugar comum parece-me assim como quando se encontram águas paradas... é daqueles sitios onde não existe renovação...no pasa nada. Que hei-de dizer...? Não consigo deixar de esperar que as pessoas dêm o seu melhor, que nisso coloquem todo o seu ser. "Sede perfeitos como o vosso Pai do céu é perfeito"... Se podemos ser melhores, porque havemos de ser piores? E porque não havemos de poder ser melhores todos os dias da nossa vida? Porque dá trabalho? Porque implica deixar carga pelo caminho? Prescindir de si? Porque traz sofrimento? Porque a humildade é dificil? Porque exige determinação e coragem? Talvez sim a tudo isto... E não vale a pena?Quando um dia me perguntarem que trazes tu nas tuas mãos, ainda que não leve tesouros para oferecer, que tenha feito ao menos tudo o que pude para obtê-los... e certamente que no caminho alguma pedrinha semi-preciosa consegui agarrar... mesmo sem dar conta... :O)