domingo, 12 de abril de 2009

entre a vida e as fotosz

O que eu gosto na fotografia é o tem de semelhante com a vida e a capacidade que tem de a revelar (intralmente, neste caso). Qualquer um percebe que o que faz uma boa fotografia não é necessariamente o objecto em si mesmo, mas a forma como se olha para ele. Tomando a mesma realidade, podemos ter algo de muito belo, ou de completamente vulgar. É como a nossa vidinha... dependendo de como olhamos para o que temos, podemos possuir a Beleza,ou viver na escuridão. São uma escolha e uma decisão como quaisquer outras. E quem disser o contrário mente. É assim. Mai nada.

3 comentários:

  1. Desde antes dos quinze anos que faço fotografias, até que passei a fazer fotografia, e depois passei a pensar sobre fotografia e não fazer nenhuma.

    Uma das coisas que os modelos menos experientes têm dificuldade de compreender é que as fotografias onde estão não são fotografias delas. "Ceci n'est pas une pipe", como no quadro de Magritte é um qudro e não um cachimbo nem o quadro dum cachimbo. A fotografia e a coisa fotografada não têm nada a ver.

    A fotografia é um objecto em si, e as pessoas reagem ao objecto fotografia, necessariamente manipulado (mesmo que apenas pelo enquadramento), tanto mais que não têm mais nada a que reagir.

    Às tantas tem a ver com o Bispo Berkeley e a relação de observação (o sujeito e o objecto juntam-se zenmente numa observação); e a ver, assim e também, com o Rorschach, porque as pessoas vêem nas fotografias apenas o que têm no seu interior, e não outra coisa; o belo ou o feio, ou bom ou o mau.

    Por isso para o santo tudo é santo, é para o pecador tudo é pecado, por assim dizer.

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  3. eu não sei bem onde me encontro, ou talvez seja como as fases de Kohlberg, para além da fase "mãe", coexistem outras que dão um ar da sua graça vai na volta...

    mas já dei por mim a pensar sobre isso, e depois passei a pensar sobre esse pensamento, e a achar que um dia destes de tanto pensar deixava de fazer. Maneiras que decidi não pensar mais no assunto (claro que, se bem me conheço o processo será inevitável mais tarde ou mais cedo). e depois fiquei de birra... é que não me agrada a ideia de perder um amor...

    gostei do bispo berkeley... vou dar-lhe atenção um destes dias, não tinha o prazer de conhecer o senhor...

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