terça-feira, 12 de abril de 2011

começar o dia com poesia

descobri que é um exercício muito bom começar o dia com poesia. bom, a mim faz-me efeito plo menos. é mais um daqueles gestos que, executado no tempo certo, um dos primeiros da manhã, tem os seus efeitos. como beber a bica.

"[41]
O Destino não é, pois, uma decisão unívoca
de um tribunal que só sabe desenhar linhas rectas.
É um somatório estranho
- do peso das circunstâncias que se sucedem
sobre a cabeça de um homem -,
somatório registado num relógio paralelo
ao do tempo,
relógio que poderemos chamar de qualitativo.

[42]
E por favor, Bloom, toma atenção a este pormenor:
não enchas a casa de móveis e de outros objectos,
por favor, guarda espaço para a beleza,
para que a beleza caiba: uma fenda à direita de quem entra, por exemplo.
Que as coisas belas sejam o teu posto de vigia;
pois o mundo, como qualquer outra coisa,
apenas se torna belo quando pela beleza é olhado."

 Uma viagem à Índia, 
 

Obrigado Gonçalo Tavares  :)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dói mas cura

Há coisas que doem.
O irudoide (não sei se é assim que se escreve mas pouco importa) também doía, quando a minha mãe punha nas feridas, depois dos bonitos e (claro!) elegantes tralhos megalomanos que "amandava" ao chão, porque não sabia estar quieta (e tmabém nunca me  mandaram que não me mexesse) e o meu paizinho sempre me ensinou que quando caimos, nos levantamos e toca a andar, que é cair que se aprendem as leis que regem o equilibrio.
Doía, mas curava.
Pois é... quando faz ferida, a seguir põe-se remédio. Depois arde. Depois cura.
E estamos prontos para outra. Mas não para a mesma.
As quedas ensinam a aprender a caminhar... e as marcas vão lembrando as lições que não devemos esquecer.