segunda-feira, 3 de novembro de 2008

o básico

detesto gente básica. e ser básico não tem nada a ver com ser simples. a característica de ser básico é não ser capaz de atingir determinadas grandezas, funciona-se no "groundlevel". porque a mente humana, por mais inteligente, complexa e ilimitada que seja, quando corta a ligação com o coração, perde o seu alcance de infinito, a que apenas o coração lhe pode dar acesso, porque é nele que se revela Aquele que é o próprio infinito, o verdadeiro Poder, a verdadeira Grandeza - o Amor. daqui decorre que, para ser grande, é necessário que mente e coração, embora dois, sejam um. que a mente sirva o coração, para que este, por sua vez, a eleve a alturas e viagens inimagináveis...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Acerca do hemisfério direito... parte1

"Esvaziar a mente, expulsando todos os pensamentos, e preencher o vazio com um espírito maior do que o nosso é estender a mente a regiões não acessíveis aos processos convencionais de raciocínio".
Edward Hill


"Há algo de extravagante no acto de criar, embora a tarefa seja séria. E é igualmente extravagante escrever a respeito desse acto, pois, se há um processo silencioso, é o processo criativo. Extravagante, sério e silencioso".
Jerome Bruner

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sacudir poeira

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao fim...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos de viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos... Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que acabaram.
Você pode passar muito tempo a perguntar a indagar sobre o porquê... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram a certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será apenas um desgaste imenso. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará... As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir-se embora...
Por isso é importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender.
Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar o seu canal emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o envenenará apenas e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que são sempre adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerre ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torne-se uma pessoa melhor e assegure-se de que sabe bem quem é, antes de conhecer alguém e de esperar que essa pessoa veja quem você é..
E lembre-se:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

domingo, 12 de outubro de 2008

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Souviens-toi ...


Souviens-toi de Jésus Christ
Souviens-toi de Jésus Christ res-sus-ci-té d'en-tre les morts;
Il est notre sa-lut, no-tre gloi-re_é-ter-nelle.
Si nous mourons a-vec lui, a-vec lui nous vi-vrons;
Si nous te-nons ferme, a-vec lui nous ré-gne-rons.
Alleluia, a-le-lu-ia, al-le-lu-ia!

domingo, 28 de setembro de 2008

Taizé...

Encontrei este texto no sitio de alguém que também já o tinha encontrado algures e não sabia quem o havia escrito. Também eu o decidi "post", porque achei que valia muito a pena. Enjoy...

Taizé: duas sílabas muito curtas, quase secas, que se tocam por um instante. Como uma pontuação sonora. Um nome para condensar o essencial, para expressar o indizível. Taizé para estar em silêncio e Taizé para ser falado! Taizé para vir, por milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares, há quase dois terços de século. Taizé para partir, cheios de algo invisível. Taizé para as gerações. Longe de Taizé fica algo de Taizé naqueles que alguma vez lá passaram. Momentos de luz; silêncios dos quais nos pensávamos incapazes; traços de amizades anónimas; olhares que diríamos serem quase demasiado brilhantes para serem humanos; rostos incontáveis, frequentemente jovens; também remorsos por termos tanto e tantas vezes negligenciarmos o sentido da vida. Traços dos outros e de si mesmo. Temos todos algo de Taizé no fundo coração. Temos todos, nos tortuosos registos das nossas memórias, etapas feitas em Taizé, em diferentes datas que se sobrepõem nas recordações. Caminhos sinuosos da bonita Borgonha, luz dourada das colinas no fim do Verão, quando a natureza aspira às chuvas que tardam a chegar, casas de pedra que diríamos estarem aqui desde a eternidade; sinos que, longe de romperem o silêncio, o sublinham enfaticamente. Acolhimento, serviço, cânticos conhecidos e reconhecidos, ícones, a paz colorida da igreja da Reconciliação. Quem passou um dia por Taizé diz sempre que tem que voltar. E quem diz isso e não o faz sabe, sem nunca o esquecer, que Taizé está ali, longe das grandes euforias do tempo, disponível, como se estivesse de serviço aqui na terra. Lanterna perpétua no oceano de uma humanidade agitada e perturbadora. Vigilante na noite das actualidades e das tragédias colectivas ou pessoais. Stress, ambições, disputas, batalhas por isto e por aquilo, obsessões pelo dinheiro e pelo poder, emoções ao acaso, apegos oscilantes, vacuidade das modas e das futilidades da tagarelice mediática: tudo o que acontece longe de Taizé, tudo o que fervilha ruidosamente e faz furor longe desta colina que se tornou sagrada, anula-se aqui. Reconciliação? Sim, mas antes de tudo reconciliação consigo mesmo. Em todo o caso, com essa parte de si que, oportunamente, quando as tempestades ameaçam as vidas, nos diz: basta, agora precisas de um pouco de silêncio! Escuta o que te fala no silêncio. Escuta quem te fala.
Anónimo

sábado, 20 de setembro de 2008

21 bons conselhos. E nunca esqueça que...

UM.
Dê mais às pessoas do que elas esperam, e faça-o com alegria.
DOIS.
Case com alguém com quem você goste de conversar.
À medida em que vocês forem envelhecendo, seu talento para a conversa se tornará tão importante quanto os outros todos.
TRÊS.
Não acredite em tudo o que ouve:
Não gaste tudo o que tem;
Não durma tanto quanto gostaria.
QUATRO.
Quando disser 'eu te amo', seja sincero
CINCO.
Quando disser 'sinto muito' olhe nos olhos da pessoa.
SEIS.
Fique noivo pelo menos durante seis meses antes do casamento.
SETE.
Acredite no amor à primeira vista.
OITO.
Nunca ria dos sonhos dos outros.
Quem não tem sonhos tem muito pouco.
NOVE.
Ame profundamente e com paixão.
Você pode se ferir, mas é o único meio de viver uma vida completa.
DEZ.
Quando se desentender, lute limpo. Por favor, nada de insultos.
ONZE.
Não julgue ninguém pelos seus parentes.
DOZE.
Fale devagar mas pense depressa.
TREZE.
Quando lhe fizerem uma pergunta a que não quer responder, sorria e pergunte; 'Porque deseja saber?'
QUATORZE.
Lembre-se que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.
QUINZE.
Diga 'saúde' quando alguém espirrar.
DEZASSEIS.
Quando você perder, não perca a lição.
DEZASSETE.
Recorde-se dos três 'R':
* Respeito por si mesmo,
* Respeito pelos outros,
* Responsabilidade pelos seus atos.
DEZOITO.
Não deixe uma pequena disputa afetar uma grande amizade.
DEZANOVE.
Quando notar que cometeu um engano, tome providências imediatas para corrigí-lo.
VINTE.
Sorria quando atender o telefone.
Quem cama vai percebe-lo na sua voz.
VINTE E UM.
Passe algum tempo sozinho e reflita.
E nunca esqueça que existem quatro coisas na vida que não se recuperam :
A pedra - depois de atirada
A palavra - depois de proferida
A ocasião - depois de perdida
O tempo - depois de passado

terça-feira, 8 de julho de 2008

da fé e da dúvida

Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» - disse-lhe Jesus.
E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
Mt 14, 28

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Avverti una felicitá?

Se potessimo sapere che una vita felice è possibile, anche nelle ore di oscurità...
Perché una vita sia bella, non è indispensabile avere capacità eccezionali o grandi possibilità: il dono della propria persona rende felici.
Ciò che rende felice un'esisteza è avanzare verso la semplicità: la semplicità del nostro cuore e quella della nostra vita.
Quando la semplicità è intimamente legata alla bontà del cuore, un essere umano può creare un terreno di speranza attorno a sé.
Per chi avanza da un inizio ad un nuovo inizio, si costruisce una vita felice. Giorno dopo giorno, persino di notte, andremo alla sorgente: nelle sue profondità brilla un'acqua viva.
Ma non è forse anche questo l'anima umana: il palpitare segreto di una felicità?
Fr. Roger

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ser melhor

já houve quem me dissesse, a propósito das relações humanas, que quando as pessoas se estão a conhecer, que hão-de conhecer o seu melhor e o seu pior... E dizem, é mesmo assim. Dá-me bicho carapinteiro esta ideia... À partida, que dizer? É verdade... bem, pois sim... É verdade. É verdade, mas não chega. Não é só. É que este lugar comum parece-me assim como quando se encontram águas paradas... é daqueles sitios onde não existe renovação...no pasa nada. Que hei-de dizer...? Não consigo deixar de esperar que as pessoas dêm o seu melhor, que nisso coloquem todo o seu ser. "Sede perfeitos como o vosso Pai do céu é perfeito"... Se podemos ser melhores, porque havemos de ser piores? E porque não havemos de poder ser melhores todos os dias da nossa vida? Porque dá trabalho? Porque implica deixar carga pelo caminho? Prescindir de si? Porque traz sofrimento? Porque a humildade é dificil? Porque exige determinação e coragem? Talvez sim a tudo isto... E não vale a pena?Quando um dia me perguntarem que trazes tu nas tuas mãos, ainda que não leve tesouros para oferecer, que tenha feito ao menos tudo o que pude para obtê-los... e certamente que no caminho alguma pedrinha semi-preciosa consegui agarrar... mesmo sem dar conta... :O)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Hino

Que importa se é tão longe, para mim,
A praia aonde tenho de chegar,
Se sobre mim levar constantemente
Poisada a clara luz do teu olhar?

Nem sempre Te pedi como hoje peço
Para seres a luz que me ilumina;
Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso
Na plenitude da tua luz divina.
Esquece os meus passos mal andados,
Meu desamor perdoa e meu pecado.
Eu sei que vai raiar a madrugada
E não me deixarás abandonado.

Se Tu me dás a mão, não terei medo,
Meus passos serão firmes no andar.
Luz terna, suave, leva-me mais longe:
Basta-me um passo para a Ti chegar.

sábado, 14 de junho de 2008

Se compreendermos o que Deus realiza por nós...

carta...

reencontrei de novo esta carta...as palavras não são minhas...
a apresentação dispensa-se... quem não conhece esta flôr-de-sal desafio-o a descobrir... a quem conhece, desafio-o a deixar-se salgar novamente... :O)

"É numa comunhão pessoal com o Deus vivo que podemos encontrar forças para lutar com um coração reconciliado. Sem vida interior não poderíamos permanecer firmes nas nossas decisões. Em Deus encontramos a alegria e a esperança de uma plenitude de vida.
Não foi o próprio Deus quem deu o primeiro passo ao nosso encontro? Pela vinda de Jesus Cristo, Deus compromete-se numa verdadeira partilha com cada ser humano. Permanecendo muito além daquilo que podemos compreender, Deus torna-se muito próximo. (...)
Esta partilha com Deus realiza-se para nós na oração: pelo seu Espírito Santo, Deus vem habitar em nós. Pela sua palavra e pelos sacramentos, Cristo entrega-se a nós. Como resposta, nós podemos abandonar-nos nele. Não foi assim que Cristo acendeu um fogo na terra, esse fogo que já arde em nós? (...)
Se compreendemos o que Deus realiza por nós, as nossas relações mútuas são transformadas. Somos então capazes de uma comunhão autêntica com os outros, de uma partilha de vida na qual damos e recebemos.
O Evangelho convida-nos a dar o primeiro passo em direcção ao outro, sem termos antecipadamente a garantia de reciprocidade.
Em algumas situações, em particular quando há rupturas nos afectos, a reconciliação pode parecer inalcançável. Recordemos então que o desejo de reconciliação já é o seu começo. Cristo toma sobre si próprio o que pensamos não ter saída, e nós podemos confiar-lhe o que precisa ser curado. Isso prepara-nos para aproveitarmos as ocasiões de dar um passo, por muito pequeno que ele seja, em direcção a um apaziguamento.
A reconciliação pode transformar em profundidade as nossas sociedades. O Espírito de Cristo ressuscitado renova a face da terra. Deixemo-nos conduzir por esta dinâmica da ressurreição! Não desanimemos perante a complexidade dos problemas! Não esqueçamos que podemos começar com pouco.
A comunhão da Igreja sustenta-nos, ela é um local de amizade para todos. Estas palavras de um jovem da América Latina interpelam-nos: saberemos ser reflexo da compaixão de Deus?
Em situações de conflito, saberemos escutar o outro? Muitas separações seriam então menos dolorosas. Esforcemo-nos por nos colocar no lugar do outro.
Seremos capazes de chegar ao ponto de perdoar? Será que há outra forma de interromper a cadeia que faz perdurar as humilhações? Não se trata de esquecer um passado doloroso, nem de ser cegos face a situações actuais de injustiça. Mas o Evangelho chama-nos a ultrapassar a memória das feridas pelo perdão e mesmo a ir para além da nossa espera de um gesto de resposta. Encontramos assim a liberdade dos filhos de Deus." Tz