sábado, 14 de junho de 2008

Se compreendermos o que Deus realiza por nós...

carta...

reencontrei de novo esta carta...as palavras não são minhas...
a apresentação dispensa-se... quem não conhece esta flôr-de-sal desafio-o a descobrir... a quem conhece, desafio-o a deixar-se salgar novamente... :O)

"É numa comunhão pessoal com o Deus vivo que podemos encontrar forças para lutar com um coração reconciliado. Sem vida interior não poderíamos permanecer firmes nas nossas decisões. Em Deus encontramos a alegria e a esperança de uma plenitude de vida.
Não foi o próprio Deus quem deu o primeiro passo ao nosso encontro? Pela vinda de Jesus Cristo, Deus compromete-se numa verdadeira partilha com cada ser humano. Permanecendo muito além daquilo que podemos compreender, Deus torna-se muito próximo. (...)
Esta partilha com Deus realiza-se para nós na oração: pelo seu Espírito Santo, Deus vem habitar em nós. Pela sua palavra e pelos sacramentos, Cristo entrega-se a nós. Como resposta, nós podemos abandonar-nos nele. Não foi assim que Cristo acendeu um fogo na terra, esse fogo que já arde em nós? (...)
Se compreendemos o que Deus realiza por nós, as nossas relações mútuas são transformadas. Somos então capazes de uma comunhão autêntica com os outros, de uma partilha de vida na qual damos e recebemos.
O Evangelho convida-nos a dar o primeiro passo em direcção ao outro, sem termos antecipadamente a garantia de reciprocidade.
Em algumas situações, em particular quando há rupturas nos afectos, a reconciliação pode parecer inalcançável. Recordemos então que o desejo de reconciliação já é o seu começo. Cristo toma sobre si próprio o que pensamos não ter saída, e nós podemos confiar-lhe o que precisa ser curado. Isso prepara-nos para aproveitarmos as ocasiões de dar um passo, por muito pequeno que ele seja, em direcção a um apaziguamento.
A reconciliação pode transformar em profundidade as nossas sociedades. O Espírito de Cristo ressuscitado renova a face da terra. Deixemo-nos conduzir por esta dinâmica da ressurreição! Não desanimemos perante a complexidade dos problemas! Não esqueçamos que podemos começar com pouco.
A comunhão da Igreja sustenta-nos, ela é um local de amizade para todos. Estas palavras de um jovem da América Latina interpelam-nos: saberemos ser reflexo da compaixão de Deus?
Em situações de conflito, saberemos escutar o outro? Muitas separações seriam então menos dolorosas. Esforcemo-nos por nos colocar no lugar do outro.
Seremos capazes de chegar ao ponto de perdoar? Será que há outra forma de interromper a cadeia que faz perdurar as humilhações? Não se trata de esquecer um passado doloroso, nem de ser cegos face a situações actuais de injustiça. Mas o Evangelho chama-nos a ultrapassar a memória das feridas pelo perdão e mesmo a ir para além da nossa espera de um gesto de resposta. Encontramos assim a liberdade dos filhos de Deus." Tz

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