terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sacudir poeira

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao fim...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos de viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos... Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que acabaram.
Você pode passar muito tempo a perguntar a indagar sobre o porquê... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram a certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será apenas um desgaste imenso. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará... As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir-se embora...
Por isso é importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender.
Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar o seu canal emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o envenenará apenas e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que são sempre adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerre ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torne-se uma pessoa melhor e assegure-se de que sabe bem quem é, antes de conhecer alguém e de esperar que essa pessoa veja quem você é..
E lembre-se:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

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